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  • Foto do escritorAna Beatriz Buarque

Experiências Profissionais - parte 1

Ano passado os posts com os professores fizeram sucesso por aqui! E é claro que eu não ia deixar de entrevistá-los novamente. Mas dessa vez as entrevistas serão focadas nas experiências profissionais deles! Sem mais enrolação, seguem as EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS DOS NOSSOS PROFESSORES - PARTE 1.


O primeiro entrevistado foi o professor Felipe Araujo, o famoso tio Felipe. Ele contou um pouco sobre seus trabalhos em comissões de frente no Carnaval. A entrevista com ele você confere agora:
















Quando você começou a trabalhar em comissões de frente?

“Eu já trabalho em comissões de frente há 13 anos. A primeira que eu fiz foi em 2011, na Paraíso do Tuiuti, que na época ainda estava no grupo de acesso. Foi com o coreógrafo Fábio Batista, que já era meu mestre/meu professor de dança Afro. E foi assim que eu comecei”.



Quais os maiores desafios desse trabalho?

“Eu acredito que é ter que lidar com as escolas, porque tem as que resolvem os problemas rápidos, tem as que demoram, tem as que passam por problemas financeiros... então para lidar com tudo isso é necessário muita resistência”.

Como é o preparo de uma comissão de frente?

“É um preparo bem pesado. O coreógrafo recebe a proposta, baseado no enredo, e assim é decidido tudo que a comissão de frente vai falar, afinal a comissão é um resumo do enredo. Baseado nisso, é decidido a proposta coreográfica: qual linha vai ser seguida, quais modalidades da dança vão ser utilizadas… e assim vai se desenvolvendo”.

Como é a rotina de ensaios?

“A rotina de ensaios é o mais sinistro de trabalhar com comissão de frente! Tem ensaio de madrugada, não pode contar para os amigos, para a família, para o namorado... não pode falar nada que vai acontecer. É uma rotina bem pesada, que geralmente começa quatro meses antes do Carnaval, começando com dois ensaios na semana. No mês seguinte são três ensaios, no próximo são quatro e quando chega em Janeiro os ensaios são em todos os dias da semana, com uma duração de 3/4h. É bem pesada e cansativa a rotina, mas vale a pena. O resultado fica incrível”.


Em relação à carreira de bailarino, o quanto você acha que uma comissão de frente pode ajudar?

“A gente costuma dizer que aqui no Brasil os bailarinos são muito diversificados, com conhecimentos em várias modalidades. Um bailarino que passa por uma comissão de frente está preparado para muitas outras possibilidades, além de criar muita resistência. Eu acho que é uma experiência muito válida para todos os bailarinos, que pelo menos uma vez na vida deveriam fazer comissão de frente, porque é muito interessante para a carreira”.



A segunda entrevistada foi a professora Marisa Marttin. Ela falou um pouco de seus trabalhos coreográficos que já foram para fora do Brasil e como é o preparo dos bailarinos que ela ensaia. A entrevista com ela você confere agora:















Como funciona o preparo desses bailarinos que você ensaia?

“O preparo desses bailarinos possuem, no mínimo, duas aulas de Ballet diárias, de segunda a sábado, aulas de Repertório, Partner, Dança Contemporânea, Jazz, Pilates, alongamento e, obviamente, ensaios das Variações com as quais participam nos diversos festivais”.

"Chapeuzinho Amarelo"

Seus trabalhos coreográficos já passaram por quais países?

“Tive a oportunidade de mostrar coreografias próprias no exterior, tanto de trabalhos solos, quanto de Espetáculos completos, em países como: Cuba, Alemanha, Chile, Argentina, México, Estados Unidos e Peru. Além de ter a oportunidade de preparar bailarinos com coreografias de Repertório Contemporâneo para festivais internacionais como: YAGP e Prix Lausanne”.


Quais os maiores desafios desses trabalhos para um coreógrafo?

“Acredito que os maiores desafios são: ter que se reinventar continuamente, buscar inovar, experimentar novas coisas e se atualizar sempre”.

"Espetáculo Distorções"

Na sua visão de coreógrafa, quais os benefícios para um bailarino ao entrar em uma Companhia?

“Entrando em uma Companhia, o bailarino tem a oportunidade de trabalhar com o que mais ama e ter essa troca de energia com seus colegas e com o público. É uma realização como pessoa e artista”.

"Espetáculo Desmistifitango"

O que você acha necessário para alguém que pensa em dançar lá fora?

“Determinação, desapego, humildade, garra, maturidade emocional e MUITA disciplina e foco!”.

A última entrevistada foi a professora Patrícia Leite, a tia Patrícia. Ela contou um pouco do processo da criação da Balleto e como é ter que administrar a escola dentro e fora da sala de aula. A entrevista com ela você confere agora:










Como e por que você decidiu abrir a Balleto?

“Na verdade a ideia de abrir uma escola de dança surgiu do meu pai. Ele que procurou um espaço e me incentivou junto à minha família em uma nova etapa da minha vida. Eu já não me sentia bem trabalhando em uma escola de tantos anos e senti que era o momento de mudar, e graças ao meu pai, minha mãe e minha irmã, que foram grandes incentivadores, deu tudo certo no fim”.



Como foi o processo para se tornar, além de professora, uma empreendedora?

“Foi um processo difícil, porque sempre fiz meu trabalho na prática dentro da sala de aula. Mas graças ao meu pai, que era contador, e minha irmã junto dele, eu recebi muita ajuda. Porém, é na prática que vamos entendendo e aprendendo a trabalhar, vendo o que queremos como escola. E essa mudança para empreendedora acabou sendo complicada, porque como professora eu lido direto com os alunos, tendo um envolvimento emocional, algo que não posso ter nesse lado de empreendedora, sendo a parte mais difícil desse processo”.

Quais os maiores desafios em administrar uma escola?

“Acho que é ter que dar conta de tantos afazeres e ter que sempre estar inovando e criando coisas novas. Além de ter que manter o nível e padrão da escola para a entrada de novos alunos. E claro, fortalecer a importância da dança na vida das pessoas, não só como profissão, mas como saúde mental e física”.

O que você se sente mais realizada em relação a Balleto?

“Nada foi fácil até aqui, mas não podemos reclamar do quanto conseguimos criar nosso nome BALLETO. As dificuldades 'estão aí', mas vencemos uma pandemia, que tinha tudo para derrubar tantas pessoas e resistimos; fomos crescendo, fazendo parte de tantos festivais e com tantas premiações; nossos espetáculos são sempre tão grandiosos... E, de verdade, me sinto muito feliz com pequenos ou grandes elogios dos responsáveis e pessoas aleatórias que elogiam nosso trabalho. Porém, a minha maior realização é ter os profissionais que vestem a camisa da escola, e em especial a minha irmã, que não mede esforços para o melhor crescimento da nossa escola”.

Quais habilidades você acredita que uma diretora de uma escola de dança precisa ter?

“Acho importante que os responsáveis tenham acesso a mim de uma forma natural. Nós, diretores, precisamos ter essa transparência, sempre dando segurança em uma conversa sobre dúvidas ou qualquer problema do momento. Gosto de dar atenção a todos dentro da minha escola, querendo que todos se sintam bem”.

E aí, gostaram de saber um pouco mais sobre os professores da Balleto? Quais professores vocês querem que eu entreviste? Me contem nos comentários🫶🏽


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1件のコメント


Verônica Valença
Verônica Valença
2月22日

Sempre bom conhecer um pouco mais sobre os professores. Adorei as fotos.

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