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  • Foto do escritorAna Beatriz Buarque

Dia do professor (part 2)

Como eu havia dito no post do Dia dos Professores, ia ter parte 2 das entrevistas com os outros mestres da Balleto. E as convidadadas de hoje são professoras de outras modalidades: Marisa Marttin, Kelly Maurelli e Isadora Almeida. Segue então a PARTE 2 DAS ENTREVISTAS COM OS PROFESSORES.

Marisa Marttin, mais conhecida como tia Marisa, nasceu na Argentina, veio para o Brasil para passar as férias e resolveu ficar! Atualmente ela trabalha na Balleto como professora das turmas de Contemporâneo, Básico II e Ballet Técnico. A entrevista com ela você confere agora:

Quando você começou a dançar?

"Então, quando eu era criança, eu já tinha mania de dançar (risos). Nas festas eu falava para os meus amigos e familiares: 'fiquem aí quietos que é a hora do show' (risos). Comecei nessa brincadeira, mas dançar profissionalmente eu comecei com uns 11 anos. Foi com essa idade que entrei na Escuela Nacional de Danza (Escola Nacional de Dança), que é a Escola de Formação que tem lá na Argentina, que forma bailarinos e professores".

Você já imaginava que ia se tornar professora?

"Quando eu comecei a estudar já sabia que também queria dar aula, porque a escola que eu estudei, como eu disse, é uma escola de formação de professores também. Eram 7 anos de estudo para se formar como bailarino e para professor eram mais 3 anos, 10 no total. Nesse tempo eu estudei matérias como: pedagogia, psicologia, metodologia da dança… ou seja, depois desses 3 últimos anos você tem tudo que é aplicado para um professor. Então, sim, era algo que eu queria e que eu desejava. E desde criança eu já gostava de brincar de dar aula, eu chamava as minhas vizinhas, a gente sentava no pátio da frente da minha casa e eu começava a dar aula. Nem lembro sobre o que era essa aula, mas eu adorava! Mas o que eu mais gostava mesmo era botar de castigo (risos)".

Quais os maiores desafios dessa profissão?

"Colocar a profissão na frente de tudo é um desafio. Como a área da dança é iniciada cedo, a gente perde muitas coisas. Temos que deixar namorados, festas, adolescência… tudo em segundo plano e a dança em primeiro. Tem que ter muita disciplina, muita determinação e aguentar a dor, porque o Ballet dói. E ter um psicológico e emocional muito forte também, porque não é fácil".

Quais exigências você acha que alguém que quer seguir essa área precisa ter?

"Tem que ter perseverança, disciplina, emocional, maturidade, consciência corporal, linhas bonitas, força em todo muscular… Mas isso vai depender também do seu objetivo: se você quer ser um bailarino clássico, um bailarino contemporâneo, um bailarino de Jazz, um bailarino musical. Isso vai depender da área que você quer atingir e as exigências serão muito particulares a cada modalidade da dança".

E como é a tia Marisa fora da sala de aula? O que você gosta de fazer, assistir, escutar…

"Fora da sala de aula eu sou muito caseira, adoro família, adoro meus bichinhos, meus gatinhos, tudo quanto é bicho eu adoro! E amo a natureza, então tudo que seja relacionado à casa, mato e bichinhos, adoro! Gosto de viajar, de conhecer culturas diferentes e acho super instigante isso, conhecer formas de vidas e costumes diferentes. Adoro cinema! Gosto muito de transitar por outras artes também, ver exposições, visitar museus, igrejas, adoro (risos). Gosto de ler, assistir peças de teatro e musicais. Sou bem versátil, gosto de tudo isso".


Kelly Maurelli, mais conhecida como tia Kelly, é professora de Teatro da Balleto e esse ano irá interpretar a personagem Collien no Espetáculo de fim de ano. A entrevista com ela você confere agora:

Quando você começou atuar?

"Com 10 anos eu entrei em uma agência de modelos e fiz vários cursos para a TV. Aos 13, entrei no teatro e não saí mais".

Você já imaginava que ia se tornar professora?

"Nunca imaginei, ainda mais para crianças e adolescentes. Mas eu sempre estive presente no mundo infantil, infanto e juvenil e isso ajudou muito. Os temas das peças que faço são sempre voltadas para esse público".

Quais os maiores desafios dessa profissão?

"Você precisa sempre estar antenado no dia a dia, mesmo as técnicas do teatro sendo “antigas”. Sempre estamos aprendendo algo novo e mostrando isso dentro de sala. O mundo tem mostrado muita coisa diferente e, assim, vamos adaptando para o teatro".

Quais exigências você acha que alguém que quer seguir essa área precisa ter?

"Disciplina é princípio para tudo na vida, inclusive no teatro. Se você não for disciplinado, concentrado, estudioso, você não consegue alcançar o que deseja. Esses são os pontos principais".

E como é a tia Kelly fora da sala de aula? O que você gosta de fazer, assistir, escutar...

"Fora da sala eu gosto de passear com meu filho, o famoso Jorginho, ir ao cinema, ir aos jogos do Flamengo, ir ao teatro, que é sempre um estudo, e dormir (risos)".


Isadora Almeida, mais conhecida como tia Isadora, é professora das turmas de Básico I, Ballet Adulto, Expressão Corporal, Ballet Médio e Ballet Técnico da Balleto. Além disso, tia Isadora já foi para Paris e Nova Iorque graças a dança. A entrevista com ela você confere agora:

Quando você começou a dançar?

"Comecei a dançar com 8 anos na escola regular. Depois de 2 anos insistindo para minha mãe me colocar em uma escola de dança, entrei em uma que tinha perto da minha casa e desde então só quis dançar cada vez mais".

Você já imaginava que ia se tornar professora?

"Nunca foi a minha primeira opção, na verdade nunca tinha pensado em ser professora. Mas comecei a dar aula por um convite de um amigo, como algo temporário. No fim acabei me encontrando muito e agregou demais também na minha carreira de bailarina".

Como foi sua experiência morando fora?

"Sempre foi meu sonho morar fora do país e dançar em diferentes lugares, então sempre corri atrás disso. Comecei participando de competições e cursos de férias. Já fui para São Petersburgo, Paris e Nova Iorque para dançar. Isso abriu muito minha visão da dança, e foi fundamental para me tornar a professora e bailarina que sou hoje. Antes da pandemia estava estudando em Nova Iorque, na The Ailey School. Foi a experiência mais intensa e incrível que já tive. Eu realmente respirava dança 24h por dia. Aprendi muito e conheci muitas pessoas incríveis dentro da dança. Essa experiência em outros lugares, até dentro do Brasil, é fundamental!".

Quais os maiores desafios dessa profissão?

"Acho que o mais difícil mesmo é a valorização. Realmente a dança no geral no Brasil é vista muito como algo secundário na vida das pessoas. Então o mais difícil é conseguir realizar projetos dentro da dança em que as pessoas entendam a importância e diferença que isso faz na sociedade".

Quais exigências você acha que alguém que quer seguir essa área precisa ter?

"O mais importante é ter muita dedicação, estar sempre se reinventando e buscando inspirações. E realmente viver a dança na pele, essa arte precisa ser parte da sua vida".

E como é a tia Isadora fora da sala de aula? O que você gosta de fazer, assistir, escutar...

"Eu amo fazer coisas que me inspirem, como conhecer novos lugares e ter novas experiências, principalmente ao ar livre. Amo fazer trilha e conhecer outras cidades, isso me alimenta muito como artista. E claro que também amo ficar o dia todo deitada maratonando séries".


E aí, gostou das entrevistas? Quais professores que ainda não apareceram aqui vocês gostariam que eu entrevistasse? Me conta nos comentários🫶🏽


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