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  • Foto do escritorAna Beatriz Buarque

Dia das Mulheres e a exaltação de bailarinas importantes para a construção da dança

Dia 8 de março é celebrado o Dia das Mulheres. E é impossível falar de dança e não citar as mulheres que foram/são essenciais para a construção dessa arte. É importante reconhecer não apenas suas contribuições para a dança, mas também a resiliência, criatividade e poder que elas trazem para cada passo, gesto e expressão. Segue então o post sobre o DIA DAS MULHERES E A EXALTAÇÃO DE BAILARINAS IMPORTANTES PARA A CONSTRUÇÃO DA DANÇA.



Anna Pavlova


Anna Pavlova, é considerada a primeira bailarina do mundo. Nasceu em 1881, na Rússia, e desde cedo demonstrou talento para a dança. Com apenas oito anos de idade, ingressou na Escola Imperial de Ballet em São Petersburgo, onde recebeu treinamento rígido e desenvolveu suas habilidades. Pavlova se destacou por sua técnica, graciosidade e expressividade emocional, e se tornou uma das principais estrelas do Ballet russo, encantando o público com suas performances. Além disso, foi uma das primeiras bailarinas a usar um reforço de couro na sapatilha de ponta, o que na época foi super problematizado.



Sua dança delicada e apaixonada cativou multidões, o que a fez ganhar fama no mundo todo. Anna se apresentou em diversos países, como: Estados Unidos, Índia, Austrália, França… e até mesmo o Brasil, onde passou pelos estados do Pará, São Paulo e Rio de Janeiro.



Infelizmente, a vida de Pavlova foi interrompida precocemente aos 49 anos, devido a uma pneumonia. No entanto, seu legado vive através das inúmeras bailarinas que a admiraram e se inspiraram em sua arte. Anna Pavlova continua sendo uma figura icônica na história do Ballet, lembrada não apenas por suas habilidades técnicas impecáveis, mas também por sua paixão e dedicação inigualáveis.


Misty Copeland


Nascida em uma família de origem humilde, Misty descobriu sua paixão pela dança ainda jovem. Apesar dos obstáculos que enfrentou, incluindo a falta de recursos financeiros e o racismo presente no mundo da dança, ela persistiu e conquistou reconhecimento internacional.



Misty foi a primeira mulher afro-americana a ser nomeada como principal bailarina no American Ballet Theatre, uma das três principais Companhias de Ballet Clássico dos Estados Unidos. Além de sua técnica impecável, Misty também é um ícone de representatividade, já que desafiou os padrões tradicionais do Ballet e abriu portas para uma nova era de representatividade e inclusão no mundo da dança.



Ana Botafogo


A carioca Ana Botafogo começou sua formação na Escola de Dança Maria Olenewa e, posteriormente, foi para o The Royal Ballet School, em Londres, para aprimorar suas habilidades. Seu estilo único e sua capacidade de transmitir emoção através dos movimentos, a tornaram um símbolo mundial da dança.




Ao longo de sua carreira, Ana Botafogo dançou os papéis mais desafiadores e emocionantes dos repertórios Clássicos e Contemporâneos, incluindo “Giselle”, “O Lago dos Cisnes”, “Dom Quixote”, entre outros.



Além de seu talento no palco, Ana também é reconhecida por seu compromisso com a formação de novos talentos e com a promoção da dança no Brasil. Como professora e mentora, ela inspirou inúmeras gerações de bailarinos e ajudou a moldar o cenário da dança no país. O legado de Ana nos faz lembrar da beleza e da magia da dança!



Alicia Alonso


Alicia nasceu em Havana, Cuba, em 1920 e começou sua jornada na dança aos nove anos de idade. Ela se destacou em uma variedade de estilos, desde o Ballet Clássico até o Contemporâneo. Além de ter estreado na Broadway, aos 19 anos.



Alicia foi a primeira e única latino-americana a ter o título de “Prima Ballerina Assoluta” (Primeira Bailarina Absoluta), que é um título concedido a bailarinas verdadeiramente extraordinárias. No entanto, Alonso passou por dificuldades devido à uma doença, que a fez perder parcialmente a visão de um olho. Seus parceiros tinham sempre que estar no exato lugar onde ela esperava que estivessem e usava diferentes luzes no palco para se guiar.



Além de suas realizações como bailarina, ela também deixou sua marca como coreógrafa e diretora. Alicia Alonso fundou o Ballet Nacional de Cuba em 1948, uma instituição que se tornou uma das Companhias de dança mais respeitadas do mundo. Alicia acabou falecendo aos 98 anos, vítima de doença cardiovascular.



Deborah Colker


Nascida no Rio de Janeiro, em 1961, Deborah Colker se destaca como uma das principais bailarinas e coreógrafas brasileiras. Foi a primeira mulher a dirigir um espetáculo do Cirque du Soleil e a primeira artista brasileira a vencer o “Laurence Olivier Award”, um dos mais importantes prêmios de artes cênicas do Reino Unido.



No Brasil, mais de 500 mil pessoas já assistiram suas apresentações. Apresentações essas, que são marcadas pela habilidade de Colker em contar histórias através do movimento. Desde o início de sua carreira na dança, Deborah Colker mostrou ser única. Seu estilo incorpora elementos de diversas modalidades, incluindo Dança Contemporânea, acrobacias e até mesmo artes circenses. Essa junção tem como resultado apresentações fascinantes e que levam o público a ter novas experiências sensoriais.



No mundo da dança Contemporânea, poucos nomes brilham com a mesma força e inovação que Deborah Colker. Com uma carreira que usa o desafio e a experimentação, Colker ultrapassa as fronteiras do tradicional, elevando a dança a novos níveis de expressão e criatividade.



Ingrid Silva


Ingrid nasceu no Rio de Janeiro e aos 8 anos começou no Ballet através do projeto “Dançando Para Não Dançar”, na Mangueira. Continuou seus estudos na Escola de Danca Maria Olenewa e no Centro de Movimento Debora Colker, com bolsa integral. Aos 17 anos teve a oportunidade de estagiar no Grupo Corpo, em Minas Gerais e aos 18, ganhou uma bolsa para dançar na Companhia do Harlem em Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde entrou para dançar profissionalmente e se tornou primeira bailarina (o cargo mais alto que se pode ter em uma Companhia de Ballet).



Ingrid, além de bailarina, também é considerada uma ativista e usa da sua voz para falar da importância da representatividade no Ballet. Já foi convidada pelas Nações Unidas para discursar no Social Good Summit e é co-fundadora do Blacks in Ballet (projeto que tem o objetivo de destacar bailarinos negros e compartilhar suas histórias).



Devido aos seus feitos, Ingrid saiu na Revista Forbes Brasil, em 2021, na lista de “20 Mulheres de Sucesso no Brasil”.

Já conheciam as histórias inspiradoras dessas bailarinas? Elas, que são exemplos de resiliência, determinação e mostram o quanto a luta feminina é contínua!

Aproveitando o momento, queria desejar um Feliz Dia das Mulheres para todas as leitoras do blog! Espero que tenham gostado desse post! Beijos e até o próximo🫶🏽

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2 Comments


Ana Paula Buarque Guimarães
Ana Paula Buarque Guimarães
May 01

Mulheres fantásticas!

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Verônica Valença
Verônica Valença
Mar 12

Que mulheres lindas!!!

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